terça-feira, 29 de outubro de 2013

Teoria de Henri Wallon

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sábado, 27 de julho de 2013

Projeto regulamenta profissão de psicopedagogo

A Câmara analisa o Projeto de Lei 7855/10, do deputado Neilton Mulim (PR-RJ), que regulamenta a atividade de psicopedagogo. Pela proposta, poderão exercer a profissão pessoas graduadas em Psicopedagogia em instituições autorizadas; formadas em Psicologia, Pedagogia ou licenciatura que tenham especialização em Psicopedagogia, com duração mínima de 600 horas e carga horária de 80% na especialidade; e portadoras de diploma de curso superior que já venham exercendo ou tenham exercido atividades profissionais de psicopedagogia em entidade pública ou privada.
O projeto é semelhante ao PL 3512/08, da ex-deputada Raquel Teixeira, que foi aprovado pela Câmara em dezembro de 2009 e atualmente aguarda votação no Senado (PLC 31/10).
Segundo a proposta de Neilton Mulim, são consideradas atividades e atribuições dos psicopedagogos:
- intervenção psicopedagógica que busque solucionar problemas de aprendizagem, com foco no indivíduo ou na instituição de ensino;
- realização de diagnóstico e intervenção psicopedagógica, por meio de instrumentos e técnicas próprios;
- utilização de métodos, técnicas e instrumentos psicopedagógicos amparados pelos preceitos básicos da multidisciplinaridade da área, com vistas a neurociências, psicologia, pedagogia e fonoaudiologia, entre outros;
- consultoria e assessoria psicopedagógicas, buscando identificar, compreender e analisar os problemas no processo de aprendizagem;
- apoio psicopedagógico aos trabalhos educacionais realizados em espaços institucionais;
- supervisão de profissionais em trabalhos teóricos e práticos de Psicopedagogia;
- orientação, coordenação e supervisão de cursos de Psicopedagogia; e
- direção de serviços de Psicopedagogia em estabelecimentos públicos ou privados.

Para o exercício da atividade, o projeto exige a inscrição do profissional em órgão competente ligado ao Ministério da Educação.
Hospitais
A proposta também pretende agregar a Psicopedagogia institucional à qualidade de humanização em pediatrias. “A atuação institucional do Psicopedagogo trará uma resposta considerável no processo de assimilação e desenvolvimento favorável em casos de internações de pacientes infantis por períodos prolongados”, afirma o deputado.

Os idosos também poderão ser atendidos pelos profissionais da área, em atividades preventivas de incapacidades psíquicas, cognitivas e emocionais, que protejam e preservem a maior independência e qualidade de vida.
“Estimular o raciocínio lógico com certeza motivará a produção de modificações nas estruturas cognitivas dos indivíduos, expandindo e potencializando a aprendizagem, aumentando a eficiência mental e melhorando a qualidade do desempenho intelectual”, conclui Neilton Mulim.
Infrações
O projeto lista uma série de atitudes que podem ser consideradas infrações disciplinares, como transgredir preceito de ética profissional; exercer a profissão indevidamente; praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime; descumprir determinações dos órgãos competentes depois de regularmente notificado; e deixar de pagar contribuições e taxas devidas ao órgão competente.

Essas infrações poderão gerar a aplicação de advertência, multa, censura, suspensão do exercício profissional por até 30 dias e cassação do exercício profissional.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Jovem que escreve de cabeça para baixo procura ajuda


Fernanda não consegue um diagnóstico sobre sua dificuldade
Notícia publicada na edição de 07/11/2012 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 12 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
Daniela Jacinto
daniela.jacinto@jcruzeiro.com.br

Há duas semanas, uma jovem de Itapetininga veio até o jornal Cruzeiro do Sul com uma grande esperança: descobrir por que escreve de cabeça para baixo. Fernanda Pires de Almeida, 22 anos, conta que já passou por consulta com diversos especialistas como oftalmologista, neurologista e psicóloga, mas até agora não conseguiu ter exatamente um diagnóstico de seu caso. Ela afirma que durante toda a sua vida escolar foi auxiliada pelos professores, que emprestavam o livro usado em sala de aula para que pudesse copiar o conteúdo passado na lousa, isso porque além de escrever, ela também lê invertido, e quando tenta forçar a visão para ler aquilo que está escrito de forma convencional, sente dor de cabeça e os olhos começam a embaçar. 

Fernanda lembra que aprendeu a ler e a escrever sozinha, aos seis anos de idade, porém de forma invertida. Ela escreve com a mão direita e tem uma letra muito bonita e caprichada, porém ao contrário das normas estabelecidas, faz isso da direita para a esquerda e de cabeça para baixo. "Sempre fui uma boa aluna, mas o problema é que alguns professores não passam os conteúdos e por causa disso cheguei a repetir de ano. Estou no segundo colegial agora, mas desisti porque novamente tem um professor que não passa o livro para que eu possa copiar a matéria. Queria continuar estudando, mas não estou conseguindo por causa disso, então saí da escola e resolvi ir atrás do meu sonho: quero descobrir o que é que eu tenho", disse.

Tudo o que Fernanda quer é escrever e ler como todas as outras pessoas. "É isso o que quero, é tudo o que eu quero nessa vida", acrescentou, esperançosa. Quando força um pouco para escrever de forma convencional, as palavras saem de forma espelhada (chama-se assim porque é possível ler corretamente se o papel for colocado diante de um espelho). Veio de Itapetininga a Sorocaba apenas com uma mochila, porém foi assaltada nas imediações da rodoviária e ficou sem nada, apenas com a roupa do corpo. Fernanda foi informada sobre hospedagem aqui na cidade e dessa forma permaneceu uma semana abrigada no albergue público do Serviço de Obras Sociais (SOS).

Procurou a reportagem em busca de ajuda, porém para seu caso seria necessário passar por consulta com neurologista e várias sessões com um profissional da área da psicopedagogia, mas como a vaga no albergue é de até uma semana, Fernanda afirmou que não seria possível ficar na cidade o tempo suficiente para ser diagnosticada e lamentou a situação. Esta matéria, portanto, não retrata o caso específico dela, mas discorre sobre o problema de forma geral e levanta algumas hipóteses com relação ao tema, já que apesar de rara, algumas pessoas apresentam essa característica.

Escrita espelhada ocorre na alfabetização
Escrever de cabeça para baixo ou de forma espelhada faz parte do processo natural de aprendizagem de uma criança em fase de alfabetização, conforme explica Patrícia Carneiro Olmedo, professora de graduação e pós-graduação na área da Alfabetização e Língua Portuguesa, mestre em Psicologia Escolar e docente de Língua Portuguesa do Colégio Uirapuru. "A escrita espelhada ou especular é esperada no início do processo de alfabetização, é uma fase em que a criança inverte a posição convencional das letras e números e pode acontecer também que ela escreva de cabeça para baixo, mas é um processo passageiro", esclarece.

Conforme Patrícia, existe uma outra aprendizagem, que é concomitante à da escrita, porém fundamental nesse processo: trata-se do desenvolvimento da lateralidade, que é uma das áreas da psicomotricidade, responsável pelos movimentos do corpo. "A dominância lateral faz com que o cérebro manifeste maior destreza com um dos lados, direito ou esquerdo, ou ainda os dois, que é o caso do ambidestro", explica a professora. 

Isso acontece em torno dos cinco anos. "Logo após, a criança vai aprender noções de direita e esquerda, que devem ser trabalhadas, ensinadas, por isso a criança precisa dos estímulos do meio, de um currículo competente no final da Educação Infantil e início do Ensino Fundamental, porque quando ela ainda não tem noção de direita e esquerda é comum que confunda os lados das letras, por isso que espelha", acrescenta Patrícia. A escrita especular pode ocorrer até uns 7 anos, ou no máximo 8 anos de idade. "Uma criança que não aprende noção de direita e esquerda vai ter dificuldade para saber que a leitura e escrita acontece da esquerda para a direita, e que existe uma direção lateral da escrita", completa.

Para auxiliar a criança nesse processo, o educador deve trabalhar com atividades corporais: brincadeiras como amarelinha, cinco marias, escravos de Jó e pular corda. Além da lateralidade, a psicomotricidade envolve áreas como o tônus muscular, o equilíbrio, a estruturação corporal, a praxia global e a praxia fina (que é a coordenação motora fina, responsável pelo movimento das mãos e que ajuda na habilidade da escrita). Conforme a professora, esse não seria o caso de Fernanda, a jovem mencionada no início desta reportagem. "O caso dela não está relacionado à escrita especular da infância, ela pode ter um distúrbio neurológico ou da lateralidade, precisaria de um trabalho mais elaborado para saber exatamente do que se trata. Ela teria de passar com um neurologista porque na vida adulta continuar com a escrita especular já ocasiona em um distúrbio, então teria de procurar um especialista para dar uma olhada nisso", afirma.

O cérebro tenta solucionar as dificuldades
Conforme o médico neurologista Sandro Blasi Esposito, da Faculdade de Medicina da PUC Sorocaba, o tema é complexo e merece um estudo detalhado. Sandro afirma que conheceu um caso como esse há dez anos, de uma menina de Sorocaba que tinha por volta de 10 anos de idade. Foi indicado que fosse até São Paulo para ter seu caso estudado por especialistas, mas na época ela não quis. "Ocasionalmente aparecem essas situações, mas é raro, não é comum", afirma.

O neurologista observa que o cérebro é de uma riqueza extraordinária, tem um potencial gigantesco, então quando aparece alguma dificuldade, ele cria caminhos e tenta solucionar. "Nada que 100 bilhões de neurônios não justifiquem. Cada um tem uma leitura de mundo, tem muita coisa diferente por aí e a visão se adapta às nossas necessidades", diz.

Em um caso como o de Fernanda, que escreve de cabeça para baixo, o médico lembra que a primeira coisa a ser analisada é que os próprios olhos invertem a imagem, como acontece com uma câmera fotográfica. "A imagem da retina é invertida e o cérebro tem de recompor, reconstruir essa imagem, colocando na posição correta", esclarece, então pode ser que esse seja um ponto que tenha de ser observado mais atentamente em Fernanda. 

Outro detalhe é que a maior parte da população é destra, ou seja escreve com a mão direita e no sentido da esquerda para a direita. É assim que as palavras são apresentadas ao cérebro, porque são pessoas com maior dominância do hemisfério esquerdo. Já algumas pessoas, no entanto, são canhotas, porque apresentam maior dominância do hemisfério direito, e nesse caso essa habilidade é genética. "Tem também as ambidestras, que têm habilidades com ambas as mãos, direita e esquerda e nesse caso essa habilidade é desenvolvida pela pessoa, como o fez o famoso pintor e cientista Leonardo da Vinci, que não tinha nenhum problema neurológico", comenta.

No caso de Fernanda, o que pode ter ocorrido é alguma disfunção no hemisfério esquerdo ou direito do cérebro. "Ou ainda fatores genéticos podem ter ocasionado essa escrita, mas o curioso é que a escrita espelhada é mais comum acontecer com quem tem dominância para ser canhoto. De qualquer forma, deixando de lado o caso específico dessa moça, o fato é que existe a possibilidade de treinar o hemisfério que não está habituado, aliás muitos defendem que desenvolver a ambidestria e explorar os outros aspectos da nossa mente que a gente normalmente não explora é bom para o cérebro."

'Pode ser que escreva para o outro e não para si'

Para Delia María De Césaris psicopedagoga, psicanalista e doutoranda em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano na USP, o caso de Fernanda é singular, atípico e teria muito o que ser avaliado. "É claro que sem deixar de levar em conta a significação que tem para o sujeito esse tipo de escrita. Não podemos esquecer dos aspectos subjetivos, porque senão corremos o risco de cair na padronização e com isso apagamos totalmente o sujeito", observa.

Conforme Delia, é possível levantar algumas hipóteses, porém não dá para analisar especificamente o caso de Fernanda sem conhecê-la e fazer algumas entrevistas com ela. "Pode ser, por exemplo, que uma pessoa que escreve dessa forma escreva para o outro e não para si. Essa é uma interpretação psicanalítica, quando se observa o que está colocando o sujeito nessa escrita, o que o diferencia. Por isso que afirmo não ser possível fazer um diagnóstico sem escutar essa moça, mas esse é um traço singular na escrita", diz, acrescentando que é possível também que uma pessoa que queira desenvolver essa habilidade treine e consiga. "Mas para adquirir uma habilidade dessas através do treino tem de ter uma coordenação neuromotora e uma inteligência espacial bem desenvolvidas."

A área da psicopedagogia contribui não só para verificar um transtorno funcional que teria de ser corrigido, como também para fazer uma leitura dessa dificuldade como um sintoma. "Sem pensar previamente que podemos corrigir isso. Hoje a sociedade quer corrigir muito rápido sem ver qual é a maneira particular, singular, que a pessoa está expressando por meio desse sintoma. Isso tem de servir de início, como uma chamada de atenção, e não para apagar imediatamente. Não podemos padronizar os comportamentos."

Delia observa que o sofrimento de Fernanda chegou a tal ponto que ela que recorreu a um jornal, um meio de comunicação, para conseguir ajuda. "Veja novamente a minha observação, há um sujeito que quer ser escutado e a via que foi pedir ajuda é um jornal, um órgão que trabalha com a escrita, justamente o ponto que incomoda essa jovem."

Instituto ABCD depoimentos - Dislexia em família.


Dislexia - Pais e Responsáveis
Os transtornos de aprendizagem tem impacto negativo na vida de crianças, de jovens e consequentemente em suas famílias. Assim, quanto mais precoce a intervenção, melhores serão os resultados alcançados.
Vale lembrar que não existe uma receita para tratamento dos transtornos de aprendizagem. Geralmente, uma abordagem eficiente requer a integração de ações na família, na escola e de especialistas da área.
Também não existem medicamentos para o tratamento dos transtornos de aprendizagem. Em alguns casos, a equipe médica deverá avaliar a necessidade de tratamento medicamentoso para condições que estão frequentemente associadas aos transtornos de aprendizagem, como o TDAH e os transtornos psico-afetivos.
Abaixo seguem algumas sugestões para familiares de disléxicos
• Apoio incondicional: a criança ou jovem com transtorno de aprendizagem precisa de suporte para enfrentar e superar as barreiras que lhe são impostas pelo ambiente escolar. Não se trata de preguiça ou corpo mole.
• Providenciar um diagnóstico multidisciplinar.
• Realizar, através de uma equipe interdisciplinar especializada, o acompanhamento de longo prazo. 
• Escolher uma escola que esteja disposta a realizar as adaptações acadêmicas de acordo com o grau da dificuldade da criança ou jovem e a trabalhar em parceria com a equipe interdisciplinar e com a família
• Estimular habilidades de autoconhecimento, como a forma de aprendizagem, necessidades para aprendizagem e habilidade para comunicar essas necessidades
• Ressaltar os acertos e não enfatizar os erros.
• Incentivar seu filho a realizar as atividades que ele gosta e faz bem feito.
• Frequentar livrarias com seu filho para que ele possa descobrir o prazer que um livro proporciona.
• Ler histórias que estejam no nível de compreensão de seu filho.
• Brincar com seu filho de fazer rimas e jogos com palavras.
Seguem alguns materiais para Pais e Responsáveis:
O desafio de educar lidando com os problemas na aprendizagem e no comportamento

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Teste Diagnóstico para identificar Dislexia em Adultos


Se desejar um teste de dislexia mais completo, visite o site educamais.com/testes-dislexia/


As questões estão relacionadas com diferentes áreas da Dislexia.
Lê as perguntas com atenção e responde com honestidade.




1.Achas difícil distinguir esquerda de direita?

2.Para ti é difícil ler um mapa ou encontrar uma direcção para um sítio desconhecido?

3.Não gostas de ler em alta voz?

4.Demoras mais do que era suposto para ler uma página de um livro?

5.Achas difícil perceber o que leste?

6.Não gostas de ler livros com muitas páginas?

7.Soletras mal?

8.A tua letra (caligrafia) é difícil de ler?

9.Ficas confuso se tiveres que falar em público?

10.Achas difícil escrever mensagens no telemóvel?

11.Quando dizes uma palavra longa, tens dificuldade em dizer todos os sons pela ordem correcta?

12.Achas difícil somar usando somente a mente, sem usar os dedos ou papel?

13.Confundes os números quando os marcas no telefone?

14.Consegues dizer os meses do ano rapidamente?

15.Consegues dizer os meses do ano de trás para a frente?

16.Confundes datas e horas e esqueces-te de compromissos?

17.Enganas-te muitas vezes ao escrever um cheque?

18.Achas que impressos são confusos?

19.Confundes números como 95 e 59?

20.Para ti é difícil aprender as tabuadas?

Se respondeste 
sim
 à maioria destas questões, então há uma grande probabilidade de seres disléxico.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

COMO FAZER O CAÇA PALAVRAS RECICLADO

CAÇA PALAVRA RECICLADO

jogos pedagógicos feitos com sucata.wmv

Video chat no Terra sobre Dificuldades de Aprendizagem (parte 4 de 4)

Video chat no Terra sobre Dificuldades de Aprendizagem (parte 3 de 4)

Video chat no Terra sobre Dificuldades de Aprendizagem (parte 2 de 4)



Video chat no Terra sobre Dificuldades de Aprendizagem (parte 1 de 4)


Fracasso escolar: preguiça ou dificuldade de aprendizagem?
Transtornos de leitura e escrita - Parceria entre psicopedagogo,  pais e escola - Trocas disléxicas - Reorganização das trocas disléxicas - Comportamento do aluno com dificuldades de aprendizagem - Diferença entre atenção e concentração - Benefícios dos jogos de tabuleiro




quarta-feira, 22 de maio de 2013

Associação Portuguesa de Pessoas com Dificuldades de Aprendizagem Específicas

APPDAE é uma associação cultural, científica e de beneficência, sem fins lucrativos. A APPDAE nasceu em 2007 dos esforços conjuntos de Pais, Encarregados de Educação e Técnicos da área da Educação, especialmente da área das Dificuldades de Aprendizagem Específica. Constitui-se como associação em 19 de Março de 2008.

Acompanhe: http://www.appdae.net/

O líder da Classe ( Front of the class ) Legendas em português.


Publicado em 25/09/2012

Um filme SENSASIONAL que conta a história de um menino que possui uma síndrome rara ( Síndrome de Tourette ) que o faz ter reações nervosas inesperadas como por exemplo emitir sons e tiques involuntariamente, mas que deseja muito ser professor. Enfrentando todas as dificuldades e desaprovações e JAMAIS desistindo do seu sonho de ensinar, ele vai em busca de seu objetivo e o resultado, vocês verão no filme ;)
Chorei demais! Porque diversas vezes me entristeço e penso como seria fácil desistir frente aos meus desafios, mas esse filme simplesmente renovou as minhas forças. Nós somos capazes!!!


sexta-feira, 17 de maio de 2013

III SIMPÓSIO INTERNACIONAL ABPp 2013




Nesta edição, a programação foi elaborada tendo como objetivo
oferecer a oportunidade dos simposistas interagirem
e participarem de modo efetivo das atividades propostas.

Estão previstos Fóruns, Colóquios, Painéis, Palestras e Conferência, com a participação de palestrantes internacionais e de mais de 30 palestrantes brasileiros de grande reconhecimento nacionalmente.

Presidente do Simpósio: Quézia Bombonatto 

sábado, 20 de abril de 2013

A PSICOPEDAGOGIA NO ÂMBITO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR

Laura Monte Serrat

“A leitura do emergente e do latente na instituição escolar”, traz uma sistematização da observação e análise do sintoma na instituição escolar que me parece uma excelente ferramenta para o psicopedagogo
Você está com um novo livro sobre Psicopedagogia. Conte-nos um pouco sobre ele.
Este é um trabalho que foi elaborado em dois anos. Pensei que seria rápido como o primeiro livro, porém exigiu mais tempo e reflexão.
Nele eu busco relatar minha experiência com a Psicopedagogia no âmbito da instituição, ao mesmo tempo em que fundamentá-la histórica e teoricamente.
Ele tem um jeito diferente de “ser livro”, pois é composto por capítulos (que abordam a aprendizagem, o diagnóstico psicopedagógico na instituição escolar, as ações / reflexões desenvolvidas para corrigir ou evitar dificuldades com a aprendizagem na escola); por artigos (que complementam, aprofundam, exemplificam e subsidiam o texto principal); por espaços de co-autoria (em que o leitor faz suas reflexões e, de certa maneira, reelabora a minha proposta psicopedagógica).
Interessante! Percebi que a chamada dos artigos surge em determinados pontos no meio do texto. Como isso funciona?
Pensei num livro que permitisse um movimento do leitor que não fosse linear, ou seja, ler o livro da primeira à última página. Ao ler este livro, o leitor pode fazê-lo do início ao final, buscar um artigo ou outro a partir da chamada feita no meio dos capítulos; pode ler somente os capítulos; pode ler somente um artigo etc. Ele escolhe o caminho que deseja fazer. Neste sentido, a proposta é de interação do leitor com o autor, deixando espaços de escolha que podem interferir na qualidade do aproveitamento daquele que lê.
Além destes aspectos, o que você destacaria com relação ao conteúdo?
Bem, eu gosto do livro como um todo; entretanto, gostaria de destacar a princípio a apresentação e o prefácio, ambos muito especiais, pois homenageiam também o nosso querido professor Jorge Visca, que tanto influenciou o meu trabalho.
Além disto, acredito que o capítulo do diagnóstico psicopedagógico institucional, o qual denominei de “a leitura do emergente e do latente na instituição escolar”, traz uma sistematização da observação e análise do sintoma na instituição escolar que me parece uma excelente ferramenta para o psicopedagogo.
Também há artigos de que gosto em especial, tais como os sobre adolescência, sobre as mulheres e sobre as inteligências múltiplas.
As ações / reflexões podem contribuir para que cada leitor repense e reorganize a sua prática.
Em resumo, acredito que é um livro dinâmico tanto em relação à forma de leitura, quanto ao conteúdo; porém, sou suspeita a falar porque este é o resultado de um trabalho intenso, do qual gostei muito.
Você produziu o seu segundo livro novamente de forma independente. Por que?
Acredito que existem “atravessadores do conhecimento” que tomam conta do mercado e reduzem o autor a um escritor ao serviço de empresas poderosas.
Prefiro eu mesma divulgar o meu trabalho, já que meu objetivo não é nem ficar famosa, nem rica. Gosto que as pessoas possam compartilhar comigo. Não preciso vender 10.000 exemplares ao ano e enriquecer os outros financeiramente; prefiro vender 1.000 e poder contar com o enriquecimento do leitor, mesmo que seja de um número bem menor.
Naturalmente, para isto, conto com parcerias importantes: a correção cuidadosa, mesmo sem uma grande estrutura; uma editora que precisa interagir sem determinar; uma rede de distribuição com bastante energia. Para este livro, acredito ter encontrado uma boa fórmula: Eliane Mara Alves Chaves, como revisora, Expoente, como editora, e eu mesma como distribuidora.
O livro saiu do forno no dia 20 de março, foi lançado no dia 10 de abril e já vendeu 250 exemplares. Estou muito satisfeita com isto, principalmente porque acompanho de perto o interesse do público.
Para encerrar, o que você pode dizer mais ao nosso leitor?
Gostaria, em primeiro lugar, de agradecer o espaço que vocês estão oportunizando para esta divulgação.
Para o leitor, digo que a paixão de ensinar e aprender ronda minha vida, e tento passá-la através de palavras. Espero poder contribuir com a reflexão de todos. Um abraço e até breve.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Simaia Sampaio e a Psicopedagogia


Sobre a psicopedagogia


Simaia Sampaio

1. O que é a psicopedagogia?
A Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, tendo, portanto, um caráter preventivo e terapêutico. Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas alcançar a família e a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do desenvolvimento, para que possam compreender e entender suas características evitando assim cobranças de atitudes ou pensamentos que não são próprios da idade. Terapeuticamente a psicopedagogia deve identificar, analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento.

2. Quem são os psicopedagogos?


São profissionais preparados para atender crianças ou adolescentes com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico ou institucional.

3. Onde atuam?

O psicopedagogo poderá atuar em escolas e empresas (psicopedagogia institucional), na clínica (psicopedagogia clínica).

4. Como se dá o trabalho na clínica?

O psicopedagogo, através do diagnóstico clínico, irá identificar as causas dos problemas de aprendizagem. Para isto, ele usará instrumentos tais como, provas operatórias (Piaget), provas projetivas (desenhos), EOCAanamnese.
Na clínica, o psicopedagogo fará uma entrevista inicial com os pais ou responsáveis para conversar sobre horários, quantidades de sessões, honorários, a importância da freqüência e da presença e o que ocorrer, ou seja, fará o enquadramento. Neste momento não é recomendável falar sobre o histórico do sujeito, já que isto poderá contaminar o diagnóstico interferindo no olhar do psicopedagogo sobre o sujeito. O histórico do sujeito, desde seu nascimento, será relatado ao final das sessões numa entrevista chamada anamnese, com os pais ou responsáveis.

5. O diagnostico é composto de quantas sessões?

Entre 8 a 10 sessões, sendo duas sessões por semana, com duração de 50 minutos cada.

6. E depois do diagnóstico?

O diagnóstico poderá confirmar ou não as suspeitas do psicopedagogo. O profissional poderá identificar problemas de aprendizagem. Neste caso ele indicará um tratamento psicopedagógico, mas poderá também identificar outros problemas e aí ele poderá indicar um psicólogo, um fonoaudiólogo, um neurologista, ou outro profissional a depender do caso.

7. E o tratamento psicopedagógico?

O tratamento poderá ser feito com o próprio psicopedagogo que fez o diagnóstico, ou poderá ser feito com outro psicopedagogo.
Durante o tratamento são realizadas diversas atividades, com o objetivo de identificar a melhor forma de se aprender e o que poderá estar causando este bloqueio. Para isto, o psicopedagogo utilizará recursos como jogos, desenhos, brinquedos, brincadeiras, conto de histórias, computador e outras situações que forem oportunas. A criança, muitas vezes, não consegue falar sobre seus problemas e é através de desenhos, jogos, brinquedos que ela poderá revelar a causa de sua dificuldade. É através dos jogos que a criança adquire maturidade, aprende a ter limites, aprende a ganhar e perder, desenvolve o raciocínio, aprende a se concentrar, adquire maior atenção.
O psicopedagogo solicitará, algumas vezes, as tarefas escolares, observando cadernos, olhando a organização e os possíveis erros, ajudando-o a compreender estes erros.
Irá ajudar a criança ou adolescente, a encontrar a melhor forma de estudar para que ocorra a aprendizagem, organizando, assim, o seu modelo de aprendizagem.
O profissional poderá ir até a escola para conversar com o(a) professor(a), afinal é ela que tem um contato diário com o aluno e poderá dar muitas informações que possam ajudar no tratamento.
O psicopedagogo precisa estudar muito. E muitas vezes será necessário recorrer a outro profissional para conversar, trocar idéias, pedir opiniões, ou seja, fazer uma supervisão psicopedagógica.

8. Como se dá o trabalho na Instituição?

O psicopedagogo na instituição escolar poderá:

- ajudar os professores, auxiliando-os na melhor forma de elaborar um plano de aula para que os alunos possam entender melhor as aulas;
- ajudar na elaboração do projeto pedagógico;
- orientar os professores na melhor forma de ajudar, em sala de aula, aquele aluno com dificuldades de aprendizagem;
- realizar um diagnóstico institucional para averiguar possíveis problemas pedagógicos que possam estar prejudicando o processo ensino-aprendizagem;
- encaminhar o aluno para um profissional (psicopedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo etc) a partir de avaliações psicopedagógicos;
- conversar com os pais para fornecer orientações;
- auxiliar a direção da escola para que os profissionais da instituição possam ter um bom relacionamento entre si;
- Conversar com a criança ou adolescente quando este precisar de orientação.

9. O que é fundamental na atuação psicopedagógica?

A escuta é fundamental para que se possa conhecer como e o que o sujeito aprende, e como diz Nádia Bossa, “perceber o interjogo entre o desejo de conhecer e o de ignorar”.
O psicopedagogo também deve estar preparado para lidar com possíveis reações frente a algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios, sentimentos, lapsos etc.
E não parar de buscar, de conhecer, de estudar, para compreender de forma mais completa estas crianças ou adolescentes já tão criticados por não corresponderem às expectativas dos pais e professores.

domingo, 14 de abril de 2013

Epistemologia Convergente: uma proposta de Jorge Visca


                                                                                        Digelza Flávia Câmara Lassalvia

Jorge Visca  ( 1935 a 2000), nasceu na Argentina e  graduou-se em Ciências da Educação e Psicologia Social. Desenvolveu importantes estudos,  durante a jornada acadêmica, tanto em seu país, como no exterior. No Brasil  notabilizou-se por haver  contribuído na formação da primeira geração de psicopedagogos. Esse fato tem como alicerce a experiência adquirida em sala de aula, como professor, em escolas do ensino fundamental e médio, na Argentina,  propiciando-lhe uma ampla compreensão dos problemas de aprendizagem.
Foi um dos primeiros psicopedagogos que se preocupou com a epistemologia da psicopedagogia, e isto o levou a estudar o processo do aprender, desde os movimentos iniciais de comunicação entre o professor e o aluno, até chegar ao processo da  aquisição da aprendizagem. Questionou o por quê  algumas pessoas compreendem facilmente uma informação e outras  as interpretam de uma maneira totalmente diferente ou erroneamente.  Como o sujeito da aprendizagem pode  perceber  a dinâmica desse  processo ? Como o  professor/psicopedagogo  pode contribuir para a aprendizagem, considerando as diferenças individuais?
Ofereceu cursos e supervisões na área da Psicopedagogia,em vários pontos do país e no exterior, ajudando a formação e especialização desses profissionais. Fundou o Centro de Estudos Psicopedagógicos de Buenos Aires, em 1977,  e mais tarde,  no Rio de Janeiro, Salvador e Curitiba. Ainda em 1980, participou da criação da  Associação de Psicopedagogos de São Paulo, e, 1985, da Associação Brasileira de Psicopedagogia.  
Experiências significativas realizadas em sua militância acadêmica, culminaram com a criação daEpistemologia  Convergente (1965), considerada um método clínico, destinado ao processo de  Diagnóstico e Intervenção, para diferentes faixas etárias.   
O paradigma da Epistemologia Convergente está fundamentada em três linhas teóricas: a Psicanálise, a Psicologia Social e a Epistemologia Genética. Os principais representantes da  primeira linha teórica foram Ana Freud  e Melanie Klein  que se dedicaram a estudar crianças e, posteriormente, adolescentes focalizando as questões do inconsciente e suas representações. Na segunda linha teórica, Jorge Visca  fundamenta-se em Pichon Rivière, que considera o estabelecimento do vínculo como o principal atributo no processo da aprendizagem, caracterizando a formação do  grupo operativo como uma unidade de funcionamento na  aplicação no campo psicoterapêutico  e na educação.  A  epistemologia genética  idealizada por Piaget, complementa  a terceira vertente no embasamento da Epistemologia Convergente. Piaget iniciou seus estudos utilizando o método clínico ou crítico, com o objetivo de observar a lógica, tanto nas ações como das operações desenvolvidas e, na seqüência de suas pesquisas, houve a transformação dos testes psicométricos em provas operatórias para garantir a intenção epistemológica  e a hipótese diretriz de seus trabalhos. (Visca, 1987, p.15).
A Epistemologia Convergente procura compreender a contribuição dos aspectos afetivos, cognitivos e do meio sócio educacional, no processo da aprendizagem do indivíduo e as possíveis dificuldades apresentadas, tendo como base, a integração dos conhecimentos da psicologia genética, da psicanálise e da psicologia social.  A articulação entre as dimensões afetivas e cognitivas do indivíduo só se completam no estabelecimento da  relação contínua dessas dimensões com o meio  onde o indivíduo vive, formando uma unidade, um sistema com características únicas. É nesse patamar que o psicopedagogo precisa atuar, ou seja, propiciar condições para que o aprendiz construa seu conhecimento tomando como referencial uma postura reflexiva , isto é ´de revisão pessoal, visando `a possibilidade da construção de novos valores, de novas concepções. Outro fator importante nessa construção é a mediação junto ao aprendiz,  para que este, tenha a possibilidade de expressar suas idéias no grupo desbloqueando elementos imobilizadores inconscientes que estiveram impedindo este crescimento pessoal.
 A estrutura do método contempla os seguintes itens( Visca,1987)
1. ENQUADRAMENTO
  • Conhecer critérios teóricos para fixar o enquadramento psicopedagógico.
  • Integrar os conhecimentos da epistemologia genética com os da psicologia dinâmica em função do enquadramento.
  • Formar critérios de avaliação do agente corretor e do sujeito corrigido.

2. CONTRATO
  • Conhecer os distintos tipos de contrato em função do tempo e do ambiente.
  • Estabelecer critérios que permitam determinar relações entre o contrato e os princípios sanitaristas de promover saúde e prevenir a doença.

3. DIAGNÓSTICO
  • Conhecer os fundamentos do diagnóstico psicopedagógico.
  • Criar critérios para a administração de uma bateria mínima.
  • Capacitar para diagnosticar dificuldades de aprendizagem

4. GNOSIOLOGIA
  • Formar critérios de saúde e doença no campo psicopedagógico sobre a base de conceitos sociológicos, antropológicos, psicológicos e pedagógicos.
  • Determinar distintas unidades de análise para estudar o vetor de personalidade da aprendizagem.

5. PROCESSO CORRETOR
  • Situar o papel do psicopedagogo no contexto dos profissionais.
  • Conhecer os diferentes recursos da técnica em sua aplicação individual e grupal.
  • Exercitar no manejo conceitual, emocional e prático de técnicas corretoras.

Visca( 1985) em seu livro “Clínica Psicopedagógica: epistemologia convergente” detalha o processo a ser desenvolvido para garantir a fidedignidade dos procedimentos a serem adotados no transcurso do Diagnóstico e Intervenção.
 Um recurso utilizado diz respeito às “Técnicas Projetivas Psicopedagógicas – pautas gráficas para sua interpretação” – que pretende  investigar a dimensão da afetividade no processo da aprendizagem, ou seja, o estabelecimento dos vínculos e as circunstâncias dentre as quais esta construção se opera( Visca,2008, compilado por Rozenmacher).
A dimensão cognitiva é fundamentada e detalhada no “ Diagnóstico Operatório na Prática Psicopedagógica” na descrição das provas operatórias elaboradas por Piaget e seus colaboradores, entre eles, Balder Inhelder que preocupou-se em  na formalização das provas com descrição didática destinado aos estudiosos da Psicologia e  Psicopedagogia,  tanto em nível institucional como clínico( Visca,2008, compilado por Rozenmacher).
As duas dimensões citadas acima serão descritas em material a parte, para possibilitar o desenvolvimento da prática, com análise do conteúdo teórico.
Referências Bibliográficas
VISCA, Jorge. Clínica Psicopedagógica: Epistemologia Convergente. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987
VISCA, Jorge. Técnicas Projetivas Psicopedagógicas e pautas gráficas para sua interpretação. Buenos Aires: Visca & Visca,2008.
VISCA, Jorge. O Diagnóstico Operatório na prática Psicopedagógica. São José dos Campos: Pulso,2008